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quarta-feira, 1 de julho de 2009


A Força da Sugestão Mental

Toda imagem mental tem grande influência sobre o nosso comportamento e destino. Por isso, para que sejamos uma fonte de bem-estar, precisamos zelar constantemente pelos nossos pensamentos.

Por Carlos Cardoso Aveline

A mente humana é muito mais ampla do que o cérebro, seu principal instrumento no plano físico. Com um quilo e meio de peso e 14 bilhões de células, o cérebro tem uma possibilidade quase infinita de conexões e percepções. Ainda assim, é apenas a ferramenta central da mente, que está presente em todo o corpo e sabe se expressar também de modos não-cerebrais. Por exemplo, as células têm sua forma própria de inteligência, os músculos guardam memórias emocionais, e a postura corporal pode ser determinante para o estado de espírito.

Há na mente humana algo como uma tela receptiva por onde desfilam imagens e pensamentos. Algumas dessas imagens são de produção própria, outras apenas repetições. O grau de criatividade ou repetição varia conforme o momento e o temperamento da pessoa. Em todos os casos, porém, cada idéia que passa por essa tela consciente traz consigo certa quantidade de energia e causa determinada impressão sobre o nosso estado de espírito. Esse, por sua vez, influencia o funcionamento de todo o corpo.

Só por esse motivo, já deveríamos ser capazes de observar, selecionar e dirigir o processo pelo qual as imagens mentais são produzidas. Mas, além disso, as idéias e impressões que habitam nosso mundo interior – mesmo que permaneçam inconscientes e não sejam projetadas na tela consciente – exercem forte influência sobre nós e estabelecem misteriosas relações com o mundo psicológico das outras pessoas.

Imagens felizes, por exemplo, fazem com que nos sintamos física e emocionalmente bem. Elas nos conectam com mais força aos outros seres, desfazem nossos muros, despertam otimismo e nos possibilitam viver mais plenamente. Já as imagens negativas são úteis apenas como indicações de que há sentimentos ou situações dos quais devemos abrir mão.

Naturalmente, o ser humano tem a liberdade de controlar seus estados de espírito. A lei do carma ensina que cada homem é o absoluto legislador e diretor do seu destino. Há milhares de anos o indivíduo humano busca o autoconhecimento e aprimora suas técnicas de autocontrole para alcançar uma felicidade estável, que não dependa dos altos e baixos externos da vida. A religião, a filosofia, a arte e a psicologia vêm buscando essa meta há muito tempo e com êxito crescente.

A filosofia esotérica ensina a alcançar o mesmo objetivo. Em 1887, quando morava em Londres, a teosofista Helena Blavatsky ditou a um dos seus discípulos um “Diagrama de Meditação”. A técnica faz parte do aprendizado da raja ioga. Seu praticante deve imaginar constantemente que está na presença do tempo eterno e do espaço infinito. “Eu sou todo o espaço e todo o tempo”, diz, mentalmente, o estudante. A prática, unida ao estudo das verdades universais, dissolve gradualmente as preocupações pessoais que produzem o sofrimento. Medos e ansiedades desaparecem através da auto-identificação com o absoluto. Essa é uma forma de autodomínio através da auto-sugestão.

Mas foi no início do século 20, depois de estudar longamente os processos hipnóticos, que o psicoterapeuta Émile Coué escreveu seu famoso livro

O Domínio de Si Mesmo Pela Auto-sugestão Consciente.

A auto-sugestão tem uma relação íntima com os processos da hipnose por dois motivos. Primeiro, o estado hipnótico é uma espécie de sono em que só recebemos as sugestões do hipnotizador. Em segundo lugar, porque, mesmo quando está acordado, o ser humano mantém a maior parte do seu ser interior adormecido, recebendo, o tempo todo, sugestões e impressões inconscientes que vêm das mais variadas fontes, inclusive de si mesmo. O método de Émile Coué ensina a provocar um processo consciente de sugestão, ou programação, sobre o nosso ser instintivo.

Há, em nós, vários níveis de consciência bastantes diferentes um do outro. Um nível é supra consciente, divino e está acima da nossa consciência verbal. Outro é subconsciente, pertence ao mundo animal e é a sede da nossa inteligência emocional. Nosso “eu” racional deve ser capaz de manter pleno contato com o mundo subconsciente e o mundo supra consciente. E mais: deve poder alimentar com idéias e emoções positivas o nível subconsciente do seu mundo psicológico. Isso, porém, não é sempre fácil.

No estágio atual de seu desenvolvimento, a humanidade enfrenta fortes nuvens de ignorância e negatividade criadas por ela própria no passado. Cada indivíduo deve ter o talento necessário para abrir um espaço luminoso e positivo em torno de si, que se somará à energia construtiva e luminosa de outros.

Émile Coué destaca que a vontade humana é útil para guiar o mundo consciente, mas que o mundo subconsciente é guiado pela imaginação. E, quando há conflito, a imaginação sempre predomina sobre a vontade consciente. Se imaginarmos que uma coisa é impossível, não obtemos êxito, por mais vontade que tenhamos. Se imaginamos que a meta é alcançável, chegamos a ela com naturalidade. Quando predomina a ignorância, a imaginação pode ser como um cavalo desgovernado que segue seus impulsos caóticos. Mas, com habilidade, podemos colocar-lhe um freio e conduzi-la para onde quisermos.

“O subconsciente é a coisa mais maravilhosa da mente humana, e talvez de todo o mundo que conhecemos, porque é a parte onipotente do homem”, escreveu David Bush. Um exemplo prático disso é alguém que vai dormir desejando acordar em uma determinada hora e, de fato, desperta exatamente naquele horário. Algo semelhante ocorre quando vamos dormir pensando em um problema e, ao acordar na manhã seguinte, a solução surge pronta em nossa mente. Fatos como esses ocorrem graças à parte onisciente do homem, segundo Bush: “A mente subconsciente sabe tudo, embora, é claro, ela deva ser adequadamente dirigida.”

Quando o subconsciente sofre com preocupações, sugestões negativas, idéias rancorosas e visões pessimistas, ele tende a manifestar essas realidades abstratas na vida prática através de um comportamento destrutivo, o que acaba por comprometer a saúde.

Pela lei da vida, colhemos o que plantamos, e cada pensamento é uma semente. Toda imagem mental tem importância para nosso comportamento e nosso destino. É preciso zelar pela higiene da nossa “alma involuntária” para que ela seja uma fonte de saúde e bem-estar, para nós e para os seres com quem nos relacionamos.

A mente subconsciente é diferente da mente cerebral porque ocupa todo o corpo humano. Ela inclui a vitalidade de cada uma das suas células, e também tem consigo o poder da intuição e da criatividade.

Através de sugestões, essa mente pode ser conscientemente influenciada e dirigida. Uma sugestão é qualquer imagem, pensamento, idéia ou padrão vibratório introduzido no subconsciente. Quando é impressionado, o subconsciente segue fielmente o plano definido pela imaginação. Usando as suas várias inteligências involuntárias, ele cria formas e imagens em cada instância da nossa vida conforme as orientações do padrão central.

O sentimento de medo, por exemplo, é fonte de grande número de sugestões. Os medos da velhice, do desemprego, da doença, da solidão e da morte são responsáveis por enorme quantidade de impressões psíquicas negativas, produtoras de sofrimento. Em compensação, o estudo da filosofia, a meditação, a prática do altruísmo, a busca da sabedoria e o desenvolvimento do poder do otimismo geram sugestões positivas que podem ser reforçadas no dia-a-dia pela auto-sugestão consciente.

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