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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ImportaRSE FLORIANÓPOLIS


Boas pessoas que fazem empresas ruins.

14 de Dezembro, 2009 por Julen em Management.

A sexta feira passada voltei a assistir o primeiro capítulo de “La Corporación” (o filme está em espanhol) com alunos dum máster. Trata-se dum documental canadense que estabelece um paralelismo entre a psicopatia duma pessoa e a que atinge a muitas empresas. Têm origem na consideração da empresa como “pessoa jurídica” para elaborar um quadro clínico dela, da mesma forma que se levaria a cabo com um ser humano.

Num momento desse primeiro capítulo se reflete sobre essas “boas pessoas” que trabalham em “empresas ruins”. Por suposto que o adjetivo “bom” e “mau” há que relativizar-los. Feita esta consideração, me parece um tema de debate interessante a questão de fundo. Quantas pessoas que trabalham em grandes empresas são conscientes do resultado final do que “sua” empresa faz? E mais, quantas têm informação veraz sobre isto?

Em geral as empresas espertas manejam cada vez mais duas frentes de batalha: capitalismo funky e sustentabilidade. Por um lado, a lógica dominante segue impondo vender mais. Ninguém em seu sã juízo evitaria aumentar a cifra de vendas se é que pode. É axioma empresarial: há que conquistar novos mercados e atuar com uma lógica belicista de derrotar a concorrência. Somos melhores, estamos comprometidos, vamos lá.

Orientado o carro, os bois tiram todo o que podem.

Mas este vender e vender hoje requer mover-se no plano emocional. Não se trata de comprar um carro senão de que goste de conduzir, não se trata de consumir energia senão de ser verde, não se trata de beber um refrigerante senão de ingerir a alegria da vida. Não somos consumidores de produtos senão sujeitos passivos receptores de experiências com suficiente cosmética como para que pensemos que nos auto-realizamos com elas. Não há mais que olhar que carregar gasolina no tanque de combustível de teu carro se transforma em experiência maravilhosa.(segundo publicidade) Tétrico. (ainda mais quando a Petrobrás não se importa com as PPM do óleo diesel).

Sem embargo, a estratégia de venda não acaba aí. Ademais, tem que projetar uma sombra alongada de preocupação pela sustentabilidade. Capitalismo sustentável. As grandes empresas multinacionais depois de ferrar com boa parte do planeta, nos vão conduzir a través de suas políticas de responsabilidade social corporativa ou empresarial (dependendo do continente) a sua recuperação. A equação é simples: a sustentabilidade se transforma num mercado. Com esse novo disfarce avança, que tem negócio.

Assim que capitalismo funky por um lado e sustentabilidade pelo outro. Eficiência e emoção por um lado, e bom papo pelo outro. As pessoas, dentro dessa confusão, já não sabem de referências válidas. O bom pode ser ruim e o ruim bom. Ética e moral se confundem no mercado das idéias. Saber que repercussão tem teus atos é impossível. A divisão do trabalho de Taylor se há reencontrado a si mesmo na divisão das atividades dentro duma cadeia de valor incompreensível. Empresas e Administração se escavam para repartir as atividades entre centos de empresas emaranhadas. Quem sabe quem tem responsabilidade e de que a tem? Impossível saber-lo.

E aí, dentro das reluzentes galeras empresariais, o trabalho abstrato (falaria Maite Darceles) perde sentido. Fazes algo que… hão-te dito que faças. Se trabalhares na área técnica duma granja fábrica de suínos, te dedicarás a reduzir o time-to-market do porco. Trabalha-se num call center, te dedicarás a fazer que as pessoas se sintam atendidas no mínimo tempo possível. Se trabalhares na área comercial duma fábrica que vende armamento, te dedicarás a promover a guerra.

As boas pessoas necessitam trabalhar em empresas com bons propósitos.

La Corporación. Se te interessa o documentário, vai com calma, que são quase três horas. Não cabe dúvida de que a crise atual é um momento interessante para perguntar-se como vai todo este sistema que temos construído entre umas e outros. A visão dumas entidades que se projetam por cima das pessoas e com uma capacidade de atuar fora dos limites do razoável forma parte do panorama habitual. São as empresas, é a universidade, a justiça, entidades que o são e não o são ao mesmo tempo. Também o é a cooperativa. Quantas vezes ouvi: “a cooperativa te o pede“.

Fabricamos uma realidade intermediada: em vez de fazer, delegamos em instituições. Somos representados porque temos claudicado a intervir diretamente. Não era possível. Porém isso era antes. Agora com ajuda das tecnologias podemos reorganizar nossa atividade e cooperar más além do limite do número de Dunbar. Mas as instituições necessitam reproduzirem-se a si mesmas. Vai ser uma dura briga.

Cada novo passo confirma que uma grande parte das empresas está buscando o santo grial de sua sobrevivência. Através de visões, missões e valores querem humanizar-se. Mas de vez em quando o monstro se desboca, o nível do mar descende e aparecem comportamentos psicóticos dum ente que é e não é humano. Parece feito de pessoas, porém só umas poucas delas parecem ter capacidade para controlar-lo. E o controle que levam a cabo se tem desviado do alvo original para deslocar-lo até um controle interessado: o do beneficio pessoal.

Mais informação: http://www.thecorporation.com/

Buenas personas que hacen malas empresas

14 de Diciembre, 2009 por Julen en Management.

El viernes pasado estuve volviendo a ver el primer capítulo de La Corporación con alumnos de un máster. Se trata de un documental canadiense que establece un paralelismo entre la psicopatía de una persona y la que aqueja a muchas empresas. Parte de la consideración de la empresa como “persona” jurídica” para elaborar un cuadro clínico de ella, de la misma forma que se llevaría a cabo con un ser humano.

En un momento de ese primer capítulo se reflexiona sobre esas “buenas personas” que trabajan en “malas empresas”. Por supuesto que los adjetivos “bueno” y “malo” hay que relativizarlos. Hecha esta consideración, sí que me parece un tema de debate interesante la cuestión de fondo. ¿Cuántas personas que trabajan en grandes empresas son conscientes del resultado final de lo que “su” empresa hace? Es más, ¿cuántas tienen información veraz sobre ello?

En general las empresas avispadas manejan cada vez más dos frentes de batalla: capitalismo funky y sostenibilidad. Por un lado, la lógica dominante sigue imponiendo vender más. Nadie en su sano juicio evitaría aumentar la cifra de ventas si es que puede. Es axioma empresarial: hay que conquistar nuevos mercados y actuar con una lógica belicista de derrotar a la competencia. Somos mejores, estamos comprometidos, vamos a por ello. Orientado el carro, los bueyes tiran todo lo que pueden.

Pero este vender y vender hoy requiere moverse en el plano emocional. No se trata de comprar un coche sino de que te guste conducir, no se trata de consumir energía sino de ser verde, no se trata de beber un refresco sino de ingerir la alegría de la vida. No somos consumidores de productos sino sujetos pasivos receptores de experiencias con suficiente cosmética como para que pensemos que nos autorrealizamos con ellas. No hay más que mirar que echar gasolina al depósito de combustible de tu vehículo se transforma en experiencia cumbre. Tétrico.

Sin embargo, la estrategia de venta no acaba ahí. Además, hay que proyectar una sombra alargada de preocupación por la sostenibilidad. Capitalismo sostenible. Las grandes empresas multinacionales, tras joder buena parte del planeta, nos van a conducir a través de sus políticas de responsabilidad social corporativa a su recuperación. La ecuación es simple: la sostenibilidad se transforma en un mercado. Con ese nuevo disfraz tira millas, que hay negocio.

Así que capitalismo funky por un lado y sostenibilidad por el otro. Eficiencia y emoción por un lado, y buen rollete por el otro. Las personas, dentro de ese jaleo, ya no saben de referencias válidas. Lo bueno puede ser malo y lo malo bueno. Ética y moral se confunden en el mercado de las ideas. Saber qué repercusión tienen tus actos es imposible. La división del trabajo de Taylor se ha reencontrado a sí mismo en la división de las actividades dentro de una cadena de valor incomprensible. Empresas y Administración se ahuecan para repartir las actividades entre cientos de empresas enmarañadas. ¿Quién sabe quién tiene responsabilidad y de qué la tiene? Imposible saberlo.

Y allí, dentro de las relucientes galeras empresariales, el trabajo abstracto (que diría Maite Darceles) pierde sentido. Haces algo que… te han dicho que hagas. Si trabajas en la oficina técnica de una granja fábrica de cerdos, te dedicarás a reducir el time-to-market del cerdo. Si trabajas en un call center, te dedicarás a hacer que la gente se sienta atendida en el mínimo tiempo posible. Si trabajas en el área comercial de una fábrica que vende armamento, te dedicarás a promocionar la guerra.

Las buenas personas necesitan trabajar en empresas con buenos propósitos.

Más información: otra entrada en este blog relacionada con La Corporación. Si te interesa el documental, tómatelo con calma, que son casi tres horas.

No cabe duda de que la crisis actual es un momento interesante para plantearse de qué va todo este sistema que hemos construido entre unas y otros. La visión de unas entidades que se proyectan por encima de las personas y con una capacidad de actuar fuera de los límites de lo razonable forma parte del panorama habitual. Son las empresas, es la universidad, la justicia, entidades que lo son y no lo son al mismo tiempo. También lo es la cooperativa. Cuántas veces he escuchado: “la cooperativa te lo pide“.

Hemos fabricado una realidad intermediada: en vez de hacer, delegamos en instituciones. Somos representados porque hemos claudicado a intervenir directamente. No era posible. Pero eso era antes. Ahora con ayuda de las tecnologías podemos reorganizar nuestra actividad y cooperar más allá del límite del número de Dunbar. Pero las instituciones necesitan reproducirse a sí mismas. Va a ser una dura pelea.

Cada nuevo paso confirma que una gran parte de las empresas está buscando el santo grial de su pervivencia. A través de visiones, misiones y valores quieren humanizarse. Pero de vez en cuando el monstruo se desboca, el nivel del mar desciende y aparecen comportamientos psicóticos de un ente que es y no es humano. Parece hecho de personas, pero sólo unas pocas de ellas parecen tener

capacidad para controlarlo. Y el control que llevan a cabo se ha desviado del objetivo original para desplazarlo hacia un control interesado: el del beneficio personal.

Os dejo con un documental ya clásico: La corporación, dirigido por Mark Achbar y Jennifer Abbot. Tendrás que verlo cuando te saques tiempo. Son tres capítulos y te harán falta cerca de las tres horas. Basado en el libro del mismo título de Joel Bakan, gira en torno a la patología de la empresa moderna, buscando beneficio y poder por todos los medios. Ejerce la crítica porque me temo que tenemos que repensar qué cosa es esto de la empresa. Una institución creada a partir de las limitaciones de coordinación entre personas. Pero eso era antes. Ahora los límites se están fundiendo.

Más información: http://www.thecorporation.com/

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