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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

PIERRE HUPPERTS


O TANGO DA SUSTENTABILIDADE

No princípio de novembro, Pierre Hupperts se sentou a tomar um café comigo em Buenos Aires para conversar acerca do “tango da sustentabilidade”, sua última obra.

Em sua opinião, tango e sustentabilidade se vinculam devido a que empresários, gerentes de marketing, comunicadores, organismos estatais e organizações sociais devem aprender a dançar com o consumidor e o cidadão para seduzir-los. A idéia é que essa sedução não é o fim, senão o meio para que comprem os produtos mais sustentáveis e responsáveis.

Esta visão pode ser enxergada como uma arma de duplo fio, porque criar consciência no consumidor implica logo auto exigir-se para satisfazer sua crescente demanda de sustentabilidade nos produtos. Mas na realidade não é senão a ferramenta mais efetiva duma empresa: educar consumidores seduzir-los, para logo vender - lhe a consumidores conscientes, responsáveis (e, por tanto, mais fieis às marcas responsáveis).

A edição do livro -quiçá devido à tradução ou à edição final dos textos- não é a melhor. E até a idéia de compilação pode fazer perder de vista a idéia dum todo. Esso só faz que eu, que pude conversar com Hupperts sobre as idéias que volca no papel e pude perguntar sobre algumas idéias soltas, me encontrei com grande vantagem a respeito de outros leitores. Sem embargo, há algo que vai capturar sem dúvidas a quem se interessam não só por saber senão por aplicar práticas responsáveis, e tem que ver com o pragmatismo que se vislumbra em cada uma das idéias abordadas. Esta claridade é precisamente uma das vantagem que se adjudica o autor em sua vida de consultor: a de haver tido a experiência de trabalhar em grandes empresas e conhecer a ciência certa que é o que pensa um empresário e quais são suas expectativas em torno à RSE.

No primeiro capítulo, se define concisamente a introdução à RSE - lugar comum em todas as obras sobre o tema-, como uma solução que cria valores em três níveis da organização: o econômico, o da reputação e o da sinergia in company.

O interessante, é que desde o enunciado de que a RSE não pode ser uma prática estática, porque a realidade de cada país e cada empresa influí, Hupperts se encarrega de demonstrar com exemplos práticos, de empresas reais, como cada idéia pode ser implementada com êxito. Os passos que enumera são cinco:

- Determinar a visão, missão e ambição respeito à RSE
- Desenvolver uma estratégia empresarial para a RSE, que incluía os objetivos a curto e longo prazo e as atividades concretas.
- Armar um sistema de monitorado.
- Inventariar as expectativas e desejos/exigências dos stakeholders.
- Estabelecer uma estratégia e um plano de comunicação (interno e externo).

Com esse marco conceitual claro e determinado, o resto das apreciações parece muito mais simples de compreender. Por exemplo, com a exposição que faz á interação entre RSE e branding e à necessidade de inovar para logo comunicar e assim posicionar uma marca.

Dita exposição, que alude a passos concatenados, introduz a metáfora da sedução que há no típico baile argentino e que devemos encontrar na RSE como modelo de gestão ideal. A sedução passa, então, por mostrar-lhe aos empresários quais são os passos a seguir dentro desta cultura, para que possam aplicar-la sendo conscientes de que os mercados do futuro não são outros que os dos produtos e serviços responsáveis.

Martín R. Santos

Fonte:Revista Sinergia

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